terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Máquinas virtuais 1: Computadores dentro de computadores

Não são muito raras situações em que ao menos a curiosidade leva velhos usuários de Windows a experimentarem o Linux, mas sem abrir mão dele (do windows). Então eles partem para a famosa solução dual-boot.

Tem também aqueles que "detonam" o Windows e instalam o Linux 100% em seu computador, mas terminam apelando para "gambiarras" tipo o WINE, para poderem usar aplicações do Windows dentro do Linux.

Até mesmo os usuários mais convictos e apaixonados pelo Linux não conseguem se livrar do Windows facilmente. Algumas vezes porque ele é um profissional de TI e tem que dar suporte a muitos clientes que usam Windows; noutras vezes ele tem muitos "produtoes" desenvolvidos para Windows e que precisa dar continuidade.

O "dilema" que quero expor é o seguinte: gosto do Linux, gosto da filosofia do software livre, quero ter um Desktop 100% Linux, mas preciso, num determinado momento, de algum aplicativo do Windows!

Qual a melhor solução: Dual-boot, WINE?

O dual-boot tem dois incovenientes:

O primeiro é que você precisa ter um trabalho danado para particionar o HD, reservar espaços independentes para o Linux e o Windows, instalar o Windows primeiro(!), depois o Linux...

O segundo, e mais grave, é que o dual-boot é sistema binário excludente. Ou você trabalha com um ou com o outro! Imagine que você está no meio de uma atividade no Linux e precisa de alguma coisa do Windows. Você vai ter que interromper tudo, para dar boot e selecionar o Windows; então você faz o que tinha que fazer, e depois voltar para o Linux.

O WINE tem vários inconvenientes:

O principal é que ele não é capaz de rodar tudo o que você rodaria no windows. É só ler o que está lá na Wikipedia, a respeito dele!

O outro é que ele é muito complicado. Mesmo! Você terá que fazer um esforço intelectual muito grande para dominar as "pegadinhas" do WINE. É aí que entra a minha sugestão:

A minha sugestão é aprender a usar uma Máquina virtual!


Máquinas Virtuais

Pode acreditar em mim: apesar de ser um termo que pode causar espanto, as máquinas virtuais não são bicho de sete cabeças.

O esforço intelectual que você fará para instalar e compreender como funciona uma máquina virtual é praticamente o mesmo que você faria para aprender a usar o WINE, por exemplo. Mas as vantagens de usar uma máquina virtual são inúmeras.

A vantagem principal é que você pode usar qualquer outro sistema operacional sem ter de instalá-los em tua máquina real. Se você realmente precisa do Windows e seus aplicativos, você o instala dentro de uma máquina virtual e pronto. É como se dentro de uma janela no Linux você tivesse um computador inteiro!


A Wikipedia fala o seguinte sobre Máquinas virtuais:
Na ciência da computação, máquina virtual é o nome dado a uma máquina, implementada através de software, que executa programas como um computador real.

Uma máquina virtual (Virtual Machine – VM) pode ser definida como “uma duplicata eficiente e isolada de uma máquina real”. A IBM define uma máquina virtual como uma cópia isolada de um sistema físico, e esta cópia está totalmente protegida.

Uma imagem vale mais que mil palavras

Seguindo esta máxima, analisem a figura abaixo.


VMWare Workstation

Na figura acima você pode ver como é uma máquina virtual na VMWare Workstation. Note que entramos no BIOS setup da máquina virtual! Podemos ver que a máquina virtual tem HD, disquete, memória e tudo o que uma máquina real tem. Não é incrível?!

Duas imagens valem quantas palavras?

Agora vejam o Windows XP instalado nesta máquina virtual e sendo iniciado.


Boot do Windows XP dentro da VMWare


Três imagens bastam para convencê-lo?

Finalmente, o Windows XP dentro da VMWare e algumas "coisas" rodando.


Algumas aplicações sendo executadas na VMWare/XP

Observe na figura acima o Delphi -- uma ferramenta de desenvolvimento de programas para Windows; o Gerenciador da máquina, mostrando que ela tem dois HD; e o Gerenciador de tarefas do Windows, onde podemos observar o uso da CPU e da memória virtuais.

Agora para mostrar que estou falando sério, veja meu Desktop neste exato momento em que escrevo este artigo.


Clique na imagem para ver meu Desktop

Conclusão!

Através das máquinas virtuais você passa a ter uma liberdade que jamais sonhou poder ter. Você pode usar o Linux para sempre e quando for preciso usar outro SO, seja por qual razão for, você o instala dentro de uma VM (Virtual machine).

As vantagens são inúmeras:

1) Liberdade de escolha;
2) Segurança;
3) Estabilidade;
4) Possibilidade de testar vários SO (sem ter que desinstalar o teu, nem ter que usar dual-boot).

No próximo artigo vou falar sobre as máquinas virtuais que você pode instalar no Linux e também mostrar como instalar e configurar uma delas. Até lá...


Comentem, critiquem, fiquem à vontade!




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