sábado, 21 de novembro de 2009

GRUB - Adicionando o Windows no menu

Se você instalou o Windows depois de ter instalado o openSUSE, certamente foi surpreendido pelo "sequestro" do teu computador: ele assumiu tudo e mandou o openSUSE para o "saco".

Talvez por isto você tenha pesquisado informações e tenha vindo parar no meu Blog. Sorte a tua ;-)

Em meu último artigo mostrei como recuperar o GRUB, depois de uma instalação do Windows. Acontece que depois de recuperar o GRUB, quem "desapareceu" foi o Windows. Neste pequeno artigo vou mostrar como adicionar o Windows ao menu do GRUB, para que o openSUSE e o Windows possam conviver juntos pacificamente, apesar de esta não ser uma boa idéia para a Micro$oft, ao que parece.

Como descobrir em qual partição está o Windows

Antes de mais nada, é preciso saber em qual partição o windows está instalado. Em meu artigo anterior, mostrei como fazer isto. Mas há outra maneira mais simples, já que você está acessando o openSUSE normalmente. Para isto, abra o Yast (Configurações do Administrador) e, na seção Sistema, selecione Particionador.

Não se assuste com as advertências! Siga em frente, quando você então verá uma tela parecida com a mostrada na figura abaixo.


Verificando as partições no disco

O Sistema de arquivos do Widows é NTFS. Então, como mostrado na figura acima, em nosso exemplo o Windows está instalado na partição /dev/sda4. Agora que temos esta informação, basta clicar no botão Cancelar e fugir do "perigo".

Adicionando a partição do Windows no menu do GRUB

Agora que já sabemos em qual partição está o Windows, vamos abrir o Carregador de Inicialização, que também fica na seção Sistema. Agora observe a figura abaixo.


Configurações do menu do GRUB

Para adicionar o Windows ao menu do GRUB, basta clicar no botão Adicionar, na tela de configurações do carregador de inicialização (mostrada acima).

Na próxima tela que será exibida, depois de clicar no botão Adicionar, você deve selecionar Outro sistema (chainloader), e clicar em Próximo. Na tela que aparecer, você completa as informações, como mostrado na figura abaixo.


Adicionando o Windows a menu do GRUB

Em Nome da seção você escreve o que irá aparecer no menu do GRUB. Em Outro sistema, você seleciona a partição onde o Windows está instalado (/dev/sda4, em nosso exemplo).

É muito importante que você ative a opção Ativar esta partição quando selecionada para inicialização. Coisas do Windows...

Agora é só clicar em Ok, para voltar à tela anterior.

Editando o Menu do GRUB

Você pode aproveitar este momento para retirar coisas indesejáveis do menu, como por exemplo a opção de boot pelo disquete! Pode também usar os botões para cima e para baixo, para alterar a ordem dos itens no menu.

Quando tudo estiver como deseja, basta clicar em Ok, para encerrar este procedimento.

Veja na figura abaixo como ficaram as configurações em nosso exemplo.


O menu do GRUB editado

Finalmente, você pode reiniciar o computador e ver a nova opção de boot: O Windows!


O Windows aparecendo no menu do GRUB

E, para encerrar, o Windows rodando.


O Windows 7!


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GRUB - Recuperação após instalação do Windows

Neste artigo vou mostrar como se recuperar de um "incidente" muito comum entre usuários novatos do Linux: Recuperar o Grub depois da instalação do Windows!

Mas este artigo serve também para qualquer outra situação em que o Grub tenha "desaparecido!"

Vou mostrar duas maneiras de como fazer isto: a maneira "assistida", onde será utilizada a opção de "Reparar o sistema instalado" do DVD do openSUSE; e a maneira "manual", onde será utilizada a opção "Sistema de recuperação".

Mas antes de prosseguir-mos, memorize esta informação: as configurações do GRUB ficam dentro de um arquivo chamado menu.lst, que fica dentro da pasta /boot/grub/.

A não ser que tenha acontecido um "desastre" dos grandes, este arquivo continua lá, embora você não esteja podendo dar boot pelo Linux.


Modo "assistido"

ATENÇÃO: Se você estiver usando o DVD da versão igual ou superior à versão 11.4 do OpenSuSE, não irá encontrar as opções de modo "assistido". Então pule para a seção Modo manual.

ATENÇÃO(2): Se você estiver usando a versão 12.2 ou superior, saiba que por default é instalado o GRUB2, ao invés do velho e conhecido GRUB. Em breve plubicarei uma atualização do Blog, tratando melhor deste assunto.


Ok, coloque o DVD de instalação do openSUSE na unidade e reinicie o computador, para dar boot pelo DVD. Quando parar na tela inicial, mude o idioma para "Português do Brasil" e selecione a resolução de sua preferência. Após isto, selecione a opção "Reparar o sistema instalado".

Existem três métodos de reparo. Como já sabemos qual é o problema, vamos selecionar o terceiro método. Veja a figura abaixo, para esclarecimentos.

Selecionando o método de reparo

Na tela seguinte, você seleciona a opção "Instalar Novo Carregador de Inicialização". O sistema irá detectar as partições por você e depois mostrará outra tela, já com algumas configurações. Clique na aba "Instalação do carregador de inicialização", para fazer-mos mais uma coisa. Verifique a figura abaixo.

Configurando um novo menu de inicialização para o GRUB

Por vias das dúvidas, selecione também a opção "Inicializar da MBR (Master Boot Record)"!

Quando terminar, clique em Ok. Será exibida uma mensagem de que a operação foi realizada com sucesso. Veja a figura a seguir.

Operação realizada com sucesso!


Para prosseguir, aperte o botão RESET! Isso mesmo: RESET!

Após alguns instantes, você verá o novo menu do Grub, como mostrado na figura abaixo.

GRUB recuperado!


Este método é eficaz. Mas você deve ter percebido que as coisas não voltaram a ser como antes. Em primeiro lugar, a tela "bonitinha" de splash já não aparece mais e o boot é feito no modo verbose, ou seja, você vê "coisas" acontecendo na tela.

Tecnicamente não há nada de errado com o novo menu. O mecanismo de recuperação criou um novo arquivo menu.lst, contendo instruções simplificadas para o boot. Mas, como estamos falando de Linux, pode ter certeza ele fez a "gentileza" de fazer um backup do menu.lst original. Sabendo disto, podemos recuperar o menu original do GRUB!


Recuperando o menu original do GRUB

Faça login no openSUSE e abra um terminal. Feito isto, digite

ls -l /boot/grub

Será mostrada uma listagem parecida com a da figura abaixo.

Listagem da pasta /boot/grub/


Como podemos ver na figura acima, o mecanismo de recuperação criou um novo arquivo menu.lst, mas fez uma cópia do antigo, com o nome menu.lst.old. Apenas para confirmar, vamos dar uma olhada em seu conteúdo. Digite agora o seguinte comando:

sudo cat /boot/grub/menu.lst.old

O conteúdo de menu.lst.old será exibido. Você verá algo parecido com o mostrado na figura abaixo.

menu.lst.old -- o menu.lst original!

Hmmm, interessante, não?!

Finalmente, para recuperar o menu.lst original, primeiro devemos fazer uma cópia do atual (habitue-se a fazer cópias de coisas que você vai alterar), para depois recuperar o original. Execute agora os dois seguintes comandos:

sudo mv /boot/grub/menu.lst /boot/grub/menu.lst.new
sudo cp /boot/grub/menu.lst.old /boot/grub/menu.lst

Pronto! Reinicie o computador, para ver como as coisas voltaram a ser como eram antes.


Modo "manual"

Este modo de recuperação é, certamente, o mais eficiente. Embora os inciantes no Linux fiquem geralmente "apavorados" em lidar com a linha de comando, se quiserem ter um futuro no Linux, é melhor habituarem-se a isto.

Neste método o GRUB é recuperado fazendo ao mesmo tempo a recuperação do menu original do GRUB! Vamos lá, então...
 
Coloque o DVD de instalação do openSUSE na unidade e reinicie o computador, para dar boot pelo DVD. Quando parar na tela inicial, mude o idioma para "Português do Brasil" e selecione a resolução de sua preferência. Após isto, selecione a opção "Sistema de recuperação".

Chegará o momento de fazer login e você simplesmente digita root e aperta Enter.

Onde está meu Linux?

Para que possamos prosseguir com este método, é preciso descobrir em qual disco o Linux foi instalado e também saber qual é a partição de boot. Para isto, vamos usar o fdisk.

Identificação dos HD

Se você tem apenas um HD, ele certamente será identificado por hda ou sda. Os HD do tipo IDE (ou PATA) são geralmente identificados por hd e os HD SATA ou SCSI são identificados por sd.

O "truque" é tentar iniciar de um jeito. Se não der certo, tentamos do outro!

Descobrindo onde está o Linux usando o fdisk

Chamamos o fdisk com o seguinte comando:

fdisk /dev/hda

Se ele responder com  um "Unable to open /dev/hda", você usa então

fdisk /dev/sda


Seja como for, uma vez dentro do fdisk, você digita o comando p, para listar as partições. Veja na figura a seguir toda a sequência de comandos abordados até aqui.

As partições de sda

Observe na figura acima as partições do disco sda. Observe mais atentamente algumas coisas:

1) A partição onde o Windows foi instalado é a /dev/sda4. Deduzimos isto por causa do sistema de arquivos NTFS;
2) A partição /dev/sda1 é a partição de swap do Linux;
3) Qual é a partição de boot do Linux, /dev/sda2 ou /dev/sda3?

Com a primeira observação, temos informações suficientes para mais tarde adicionar o Windows 7 no menu do GRUB!

Com relação a qual partição é a de boot, geralmente ela é a que vem depois da partição de swap! Em caso de dúvida, o tamanho da partição é o tira-teima. O openSUSE cria a partição home separa da partição de boot. E geralmente, também, ela é maior que a partição de boot. Então podemos deduzir que a partição de boot do openSUSE é a /dev/sda2!

Montando provisoriamente a partição de boot

Agora que sabemos qual o disco e a partição de boot do Linux, vamos preparar o caminho para restaurar o GRUB. Em primeiro lugar, vamos montar a partição. Digite o seguinte comando:

mount /dev/sda2 /mnt

Agora para facilitar os próximos procedimentos, mude a raiz do sistema para a partição montada, usando os seguintes comandos:

mount -o bind /proc /mnt/proc
mount -o bind /sys /mnt/sys
mount -o bind /dev /mnt/dev

chroot /mnt

Fazendo isto, a partição montada dentro de /mnt passa a ser mais facilmente referenciada, usando /boot/grub no lugar de /mnt/boot/grub, por exemplo!

Recuperando o menu do GRUB

Tudo o que precisamos fazer agora, para restaurar o GRUB, é o seguinte:

cd /boot/grub
grub-install

Só isto!

Algumas linhas irão surgir na tela e, no final, você poderá ver a mensagem: "...suceeded"

Reinciando o computador


Finalmente, reinicie o computador, para ver tudo normal de novo. Pode apertar o botão RESET ou digitar mais educadamente o comando

shutdown -r now

THE END





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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Aplicativos básicos 1: O Dolphin

Quando você instala o openSUSE, aceitando os pacotes padrão, várias aplicações ficam logo à disposição. Podemos citar algumas: O Dolphin (navegador de pastas e arquivos); o openOffice (pacote de "escritório"); o GIMP (Editor gráfico); e outros...

Neste artigo vamos falar sobre o Dolphin, o navegador de pastas e arquivos do KDE Desktop.

O Dolphin

É público e notório que usamos o computador para uma infinidade de coisas. Mas sejam elas quais forem, você termina produzindo ou baixando uma infinidade de arquivos. O Dolphin é o equivalente Linux do Explorer do Windows. Veja na tela abaixo sua aparência e características iniciais.


O Dolphin



Aparência e Características

A tela do Dolphin é divida em partes que precisam ser compreendidas. São elas:


Barra de menu


A barra do menu contém entradas para ações como copiar, mover ou excluir arquivos, alterar a visualização, iniciar ferramentas adicionais, definir suas configurações e obter ajuda.

Barra de ferramentas


A barra de ferramentas fornece um rápido acesso a funções utilizadas frequentemente que também podem ser acessadas através do menu. Para ver uma descrição curta da ação de cada bootão, basta passar o ponteiro do mouse sobre um ícone.


Configurando a barra de ferramentas

Clicando com o botão direito sobre a barra de ferramentas é possível personilizá-la.


Barra de localização


A barra de localização exibe o caminho para o diretório atual. Ele está disponível em duas versões: uma exibe o caminho para o diretório atual com ícones para cada diretório pai numa “navegação estrutural”. Clique em qualquer ícone na navegação estrutural para alterar para aquele diretório. A segunda versão da barra de localização exibe o caminho para o diretório atual como um texto que você pode editar.

Painéis


Por padrão, o Dolphin exibe o painel Locais, na parte esquerda e o painel Informações, na parte direita.

O painel Locais permite um rápido acesso a alguns lugares frequentemente usados como sua Pasta do usuário, o diretório /root do sistema de arquivos, o lixo e mídias removíveis. Existem vários outros painéis que você pode adicionar à janela principal.

Já o painel Informações exibe informações sobre um item selecionado ou apontando pelo mouse.

OBS.: Note que na figura anterior, na qual pretendíamos destacar os painéis, nós "borramos" as demais partes da tela. Para isto usamos um dos Filtros do GIMP.

Campo de exibição ou espaço de trabalho


O campo de exibição ou espaço de trabalho mostra o conteúdo do diretório ou arquivo selecionado. Por padrão, o Dolphin exibe o conteúdo do sua Pasta do usuário na inicialização. Clicando em um diretório ou arquivo, o Dolphin inicia diretamente uma ação: se for uma pasta, ele abre; se for um arquivo ele o carrega (abre) em um aplicativo associado.

Barra de status


Exibe o tipo e o tamanho do arquivo do objeto atualmente selecionado e o espaço disponível em disco.

O Dolphin "customizado"

Na figura abaixo, um exemplo do Dolphin configurado "ao gosto do usuário".


Dolphin reconfigurado


O modo de funcionamento do Dolphin e como alterá-lo


Como qualquer aplicativo com interface gráfica e que se destina a ser uma espécie de "canivete suiço" para o usuário, o Dolphin é muito intuitivo. Então não vou perder tempo falando de obviedades que você pode descobrir em cinco minutos de uso do Dolphin. Mas vou dar umas dicas de como alterar seu comportamento que, às vezes, pode ser "chato"!


Selecionando ou deselecionando arquivos ou pastas

 Por padrão, quando você clica em uma pasta ou arquivo o Dolphin executa uma ação, que é abrir a pasta ou o arquivo. Se o que você quer é selecionar, deve clicar no sinal de mais (+) que aparece no ícone. Observe a figura abaixo, para esclarecimentos.


Selecionando pastas


Observe na figura acima que as pastas Download e Imagens estão selecionadas e a pasta Música está prestes a ser selecionada, clicando-se no sinal de mais.

DICA: Você também pode usar as já conhecidas teclas Ctrl e Shift no processo de seleção de pastas ou arquivos. Para selecionar aleatoriamente, você segura Ctrl e vai clicando nas pastas ou arquivos; para selecionar uma faixa contínua, você segura Shift e clica no primeiro item da faixa e depois no último. Mas, curiosamente, se for utilizá-las, você deve clicar sobre o nome da pasta ou arquivo, e não nos sinais de mais (+) ou menos (-).

Quando uma pasta está selecionada, para deselecioná-la basta clicar no sinal de menos que agora aparece no lugar do sinal de mais. Veja na figura abaixo a pasta Download prestes a ser deselecionada.


Deselecionando a pasta Download


Mudando o modo como o Dolphin "reage" as cliques

Se você é daqueles que preferem usar cliques duplos para executar uma ação, você pode alterar a propriedade de navegação do Dolphin. Para isto, basta abrir "Configurar Dolphin" no menu Configurações e, na seção "Navegação", selecionar "Clique duplo para abrir arquivos e pastas".




Por default, o Dolphin memoriza as propriedades de visão de cada pasta. Se você preferir que todas as pastas sejam exibidas sempre do mesmo modo, basta selecionar "Usar propriedades de visão comuns para todas as pastas", na seção "Geral".


O "plus a mais" do Dolphin

O Dolphin tem alguns recursos interessantes e eu diria até inéditos ou exclusivos. Vamos explorar alguns.

A Barra de Localização e a "trilha de pão" (bread crumb)

A barra de localização tem por finalidade informar o local que está sendo exibido no "Campo de localização (ou espaço de trabalho)".
O termo trilha de pão é uma alusão ao conto João e Maria, onde as personagens, numa tentativa infantil (rsrs) de achar o caminho de volta, iam largando migalhas de pão na trilha. A idéia era achar o caminho de volta, seguindo as migalhas. Pena que apareceram algumas aves famintas e...



Na medida em que você vai entrando nas pastas, as "migalhas de pão" vão sendos deixadas pelo Dolphin, de modo que você pode voltar a qualquer ponto anterior da "trilha", simplesmente clicando na "migalha" certa, na barra de localização. Aqui, diferente do conto, não vai aparecer nenhuma ave para comer as "migalhas" :-)

Se você clicar na parte mais a direita do ponto em que se encontra (Riacho das Pedras, na figura acima), o modo de visão da barra de localização mudará para o caminho real, permitindo editá-lo ou qualquer coisa assim.



Para finalizar a edição e voltar ao modo "trilha de pão", basta clicar no ícone "check mark" mais à direita.

"Dividir" o espaço de trabalho

Outro recurso do Dolphin é o de "dividir" o painel de trabalho em duas seções. Para isto você clica no botão correspondente na barra de ferramentas.

A utilidade disto vai da necessidade de cada um e eu diria até de sua capacidade de imaginação! particularmente, acho este recurso interessante quando estou movendo ou copiando coisas de um lado para outro, e não quero ficar navegando de um lado para o outro. Simplesmente "divido" o espaço de trabalho e no outro espaço navego para a outra pasta. Assim, ficam lado-a-lado as pastas de origem e destino, o que facilita o "copiar / colar" ou o "recortar / colar" ou até o mesmo o "arrastar". Veja a figura abaixo, para esclarecimentos.


"Arrastando" de SharedFolder para Documentos

Depois que terminar a operação, basta clicar no mesmo botão "Dividir" que agora está com o nome provisório de "Fechar". O detalhe aqui é que será fechado o espaço de trabalho que estiver selecionado.

Zoom!

No canto inferior direito do Dolphin tem uma barra deslizante. Arrastando-a de uma lado para o outro você muda as dimensões dos ícones exibidos no espaço de trabalho. Isto é muito bom para quando você tiver clicado no botão "Visualizar" e estiver visualizando uma pasta com imagens, por exemplo.


Modo "Visualizar" ativo e com bastante Zoom!




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Tarefas pós-instalação 5: Repositórios e Instalação de Software

Como qualquer sistema operacional, o openSUSE oferece uma gama variada de software básico. Mas, como qualquer usuário de computador, você certamente vai querer muito mais...

Neste artigo vou mostrar onde obter facilmente software para o openSUSE e como fazer a instalação.


O Repositório do PackMan (Package Manager)

No artigo sobre atualizações, eu mostrei como adicionar repositórios no openSUSE para sua atualização. Neste artigo vou falar sobre o Package Manager, ou mais "carinhosamente" PackMan.

O Package Manager é, talvez, o maior e mais importante repositório "não oficial" do openSUSE. Não fique preocupado com o "não oficial", pois ele é recomendado e divulgado pela equipe criadora e mantenedora do openSUSE. É chamado de "não oficial" apenas pelo fato de não ser hospedado nos servidores oficiais da Novell (dona do openSUSE).


Adicionando o Package Manager aos teus repositórios

Você adiciona o repositório do PackMan da mesma forma:
sudo zypper ar http://packman.mirrors.skynet.be/pub/packman/suse/11.2/ PackMan

Agora vamos definir a prioridade do repositório:
sudo zypper mr -r -p 80 PackMan

Além dos repositórios oficiais do openSUSE (Oss e Non-Oss), você certamente precisará instalar o repositório do PackMan. O Pack oferece vários pacotes adicionais para o openSUSE. É o maior repositório de software para o openSUSE.


O Gerenciador de software

Agora que adicionamos o repositório do PackMan, podemos iniciar o Gerenciador de Softwares do Yast, para instalarmos alguns programas básicos. Observe a tela abaixo:


Importando a chave do PackMan

O openSUSE tem um mecanismo de segurança que exige que repositórios sejam registrados através de uma chave de segurança. Você só poderá instalar softwares de um repositório se a chave estiver registrada. Como sabemos a origem do PackMan, podemos confiar nele! É só clicar em "Importar".

Uma vez no gerenciador de software, podemos pesquisar por softwares instalados ou não instalados. Caso o software já esteja instalado, você poderá desinstalá-lo. Mas se é instalar um software que você quer, este é o lugar para pesquisar também!


Instalando o RAR

Acho que todos conhecem o RAR! Mas como ele é um software patenteado, você não irá encontrá-lo nos repositórios oficiais do openSUSE. É aí que entra o PackMan. Veja na figura abaixo o processo de instalação do RAR.


Instalando o RAR, via PackMan

Observe no painel "Dados técnicos" de onde o RAR está vindo!

Para instalar um software, basta fazer o seguinte: pesquisar, localizar na lista do lado direito, selecionar para instalar e clicar em "Aceitar".

DICA: Uma das "consequências" de instalar o RAR é que o Dolphin agora terá a habilidade de compactar arquivos e pastas, além de poder também descompactar arquivos que você baixar da net e que estejam em formato RAR.


Instalando softwares com o zypper

A forma mais rápida de instalar softwares é através do zypper. Se você sabe o nome do pacote do sofware que deseja instalar, nada de abrir o Yast e sair clicando, clicando, clicando... Basta abrir um terminal e acionar o zypper. É simples, rápido e infalível!

A título de exemplo, vou mostrar como instalar o XMMS, um tocador de MP3 muito parecido com o velho WinAMP. Veja na figura abaixo como instalar o XMMS, via zypper.


Instalando o XMMS com o zypper

Finalizada a instalação, você pode abrir o XMMS em Aplicativos / Multimidia / Reprodutor de Áudio. Veja na figura abaixo a "cara" do XMMS.


O XMMS



O Webpin: Pesquisa de pacotes via browser


Outra forma de instalar softwares no openSUSE é via portal oficial de pesquisa de softwares e pacotes. É muito simples: você pesquisa por um software ou pacote e ele mostra o resultado. Caso o software seja encontrado, ele disponibiliza um botão para a instalação em um clique! Acompanhe as duas figuras a seguir.


Pesquisando no Webpin


Pesquisando pelo MPlayer



Resultado da pesquisa por mplayer no Webpin


Nossa, muita informação na tela!

O maior inconveniente deste método é que a pesquisa será feita em todos os repositórios do universo conhecido! O resultado, então, é uma lista enorme de "coisas" relacionadas à pesquisa (mplayer). Para os experts isto causa incertezas! Imagine para os leigos...


Refinando a pesquisa

Uma forma de contornar isto é "refinar" a pesquisa. O pacote do mplayer, na verdade, é chamado de MPlayer. Então vamos refazer a pesquisa, respeitando agora maiúsculas e minúsculas. Veja na figura abaixo o resultado.


"Refinando" a pesquisa


Humm, melhorou, mas ainda tem outro incoveniente! Mas, para saber qual é, vamos instalar o MPlayer. Clique no botão "Install" ao lado direito do item "MPlayer (1.0rc2_r29796)". O importante depois disto é selecionar a opção "Abrir com o: Gerenciador de Meta Pacotes do Yast". Veja a figura abaixo, para esclarecer.




Agora veja na próxima figura qual o outro inconveniente.




Note que o MPlayer foi encontrado pelo Webpin no repositório do PackMan! Nós já não temos o PackMan instalado? Não seria melhor ter pesquisado antes no Gerenciador de software?


Mas, tudo bem, prossiga com a instalação!


Serão exibidas algumas mensagens de alerta, em algum momento será solicitada a senha do root e, outras e mais outras mensagens até que finalmente a instalação poderá ser feita!






A DICA que eu dou é a seguinte: use o Webpin como último recurso!


Finalmente, veja o MPlayer exibindo um filme com legendas (.srt).







Usando o RAR, via Dolphin


Para finalizar esta etapa, vamos ver o Dolphin utilizando-se do RAR, para compactar uma pasta. Veja na figura a seguir.


Usando o menu de contexto do Dolphin


Bacana!


Outras formas de instalação


Apesar de que com as configurações que fizemos até agora 98,88% dos softwares poderão ser encontrados e instalados via Gerenciador de software, existem os outros 1,22%!!!

Quando você pesquisa por um software para Linux, você poderá encontrá-lo em forma de pacote, que no caso do openSUSE o formato é RPM, ou em forma de "software instalável", geralmente oferecido com .run, .bin ou no formato TAR.GZ.

Seja como for, você precisará desenvolver esta habilidade! Em outro artigo irei falar de como instalar softwares no openSUSE que sejam obtidos no formato RPM ou TAR.GZ.


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Tarefas pós-instalação 4: O Monitor, o Fator de Escala e a Relação de Aspecto

Neste artigo vou falar sobre problemas muito comuns com relação a configuração do Monitor de Video. Mas antes de continuar-mos, comparem as duas telas a seguir:


Tela de login no computador de Juca


Tela de login no computador de Cawasame

Fora a diferença entre os nomes dos usuários, notaram alguma outra diferença?

O Fator de Escala

O openSUSE detecta e ajusta as configurações do Video e do Monitor de forma automática. Mas nem sempre ele acerta 100%. Uma das consequências é que a escala dos ícones e caracteres na tela podem ficar desproporcionais ao tamanho do monitor, resultando em distorções onde os caracteres e ícones ficam ou muito grandes ou muito pequenos.

A Relação de Aspecto

Outra coisa que pode acontecer, caso as configurações automáticas não dimensionem o Monitor adequadamente, é que as imagens de um modo geral podem ficar distorcidas na tela. Bem parecido com o que ocorre com aqueles filmes antigos feitos exclusivamente para o cinema, quando são exibidos na TV: todas as pessoas ficam magras e altas!

A única forma de corrigir os problemas descritos é configurar o Monitor de acordo aos parâmetros do fabricante, tais como tamanho do monitor em polegadas, dimensões da tela (coordenadas X e Y) e a relação de aspecto: Widescreen, FullScreen, Cinescope, etc.

Para fazer isto, é preciso rodar o sax2.

Usando o sax2 para configurar o Monitor

Você pode abrir o sax2 de duas maneiras: abrir um terminal e digitar sax2, ou abrí-lo pelo Lançador de aplicativos em Aplicativos / Sistema / Configuração / Configure o sistema X11 (no KDE). Veja abaixo a tela do sax2, para relembrar.


Tela do sax2

Clique em "Alterar", do lado direito do item Monitor, para acessar a tela de configurações do Monitor.


Tela de configuração do Monitor

A forma mais simples é procurar pelo fabricante do seu monitor na lista à esquerda e pelo respectivo modelo, na lista do lado direito.

Caso ele não conste da lista, é preciso configurar "manualmente". Neste caso, você procura no manual do monitor as informações sobre tamanho em polegadas; dimensões X e Y da tela e, principalmente, as frequências Horizontal e Vertical. Nas abas e campos correspondentes, você informa estes valores.

O melhor a se fazer é procurar por um monitor "parecido" com o teu, na lista do lado direito, após você escolher o fabricante. Ou então, no caso de um monitor LCD, você procura na lista a esquerda por --> LCD e do lado direito a resolução máxima que teu monitor suporta. Além disso, você configura o tamanho em polegadas e as resoluções X e Y. Veja as figuras a seguir, para esclarecimentos.


Escolhendo o tipo de monitor



Configurando tamanho e dimensões

A Taxa de proporção é o mesmo que Relação de Aspecto. Monitores FullScreen, o formato dos monitores de tubo mais antigos e até mesmo de alguns monitores LCD, devem ser configurados como 4/3. Já monitores WideScreen, devem ser configurados como 16/9 ou 16/10.


O Fator de Escala mais uma vez

Um ponto crucial são as dimensões X e Y que você informar. Quanto mais próximas estiverem do tamanho real da área útil da tela (a área onde as imagens aparecem), melhor será o fator de escala e os ícones e caracteres se tornam mais legíveis.

O que eu sempre faço, caso as informações no manual sejam confusas ou imprecisas, é pegar uma régua(!) e medir eu mesmo as dimensões da área útil do monitor.

Se depois da configuração você achar que as letras estão muito pequenas, você reduz os valores em +/- 10% em cada coordenada. Se achar que as letras estão muito grandes, você faz o inverso, ou seja, aumenta os valores em  +/- 10%, até se sentir confortável com o tamanho dos caracteres.


Checando o resultado

Finalmente, para que você veja o resultado das modificações, sempre reinicie o servidor X. Uma maneira de fazer isto é reiniciar o computador. Mas isto, em se tratando do Linux, chega a ser uma "heresia"! No Linux você raramente precisará reinicar a máquina.

Reiniciando o servidor X, sem precisar reiniciar o computador.

A forma mais "elegante" de reiniciar o servidor X é a seguinte:

Aperte Ctrl+Alt+Backspace (segure um instante)

Se Ctrl+Alt+Backspace não funcionar, (em alguns Linux isto é desabilitado por default), faça desta maneira menos "elegante":

1) Faça logoff (feche a seção);

2) Aperte Ctrl+Alt+F1;

3) Agora faça login como root;

4) digite o comando init 3 e aperte Enter;
(se o cursor não aparecer depois de alguns segundos, aperte Enter)

5) Finalmente, para reiniciar o X e voltar à tela de login, digite o comando:

init 5 && exit

Pronto. Nada de reiniciar o computador!

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Primeiros contatos: O Painel do plasma e Widgets

O Painel do Plasma

Na verdade, a tela do SuSE com o KDE é chamada de "Painel do Plasma". Nela, podemos encontrar a Pasta da área de trabalho e a Barra de Tarefas .

O Painel do Plasma é um dos recursos mais interessantes e bonitos do SuSE. Totalmente configurável, você pode deixá-la a seu gosto, incluindo e retirando widgets.

Segundo a wikipedia, "um widget é um componente de uma interface gráfica do usuário (GUI), o que inclui janelas, botões, menus, ícones, barras de rolagem, etc..

Outro emprego do termo são os widgets da área de trabalho, pequenos aplicativos que flutuam pela área de trabalho e fornecem funcionalidade específicas ao utilizador (previsão do tempo, cotação de moedas, relógio, ...)".

Eu poderia gastar o meu latim falando com minhas próprias palavras, mas eu gostei da descrição da wikipedia. Então, peço venia :-)

Na Pasta da área de trabalho, que é um widget, você encontra alguns ícones úteis: Firefox (o navegador de internet), Meu Computador, Suite de escritório (aplicativos do openOffice que fazem tudo o que o Office da Microsoft faz) e o openSUSE (atalho para o "Boas vindas").


Tela "Painel do Plasma"


Note a Barra de Tarefas na parte inferior, exibindo os icones do Lançador de Aplicativos; alguns ícones para aplicativos (FireFox e Dolphin); e, do lado direito, a "bandeja do sistema", mostrando os ícones informações, relógio, sair e bloquear.


O widget "Pasta da área de trabalho"

Note na figura acima que ao lado direito do widget aparece uma barra com quatro botões: um X na parte inferior (cuidado para não clicar nele!) e três na parte superior. Todo widget mostra esta barra, quando é selecionado. Através dos botões desta barra você pode:

Remover o widget -> Clicando no X (Não pede confirmação! Por isto eu avisei: cuidado);
Redimensionar o widget -> Clicando e arrastando o primeiro botão da parte de cima;
Atualizar o conteúdo da janela do widget -> Clicando no segundo botão da parte de cima;
Configurar o widget ->  Clicando no terceiro botão da parte de cima.

Como Remover um widget e como trazer ele de volta

Se você cometeu uma barbeiragem ou intencionalmente removeu o widget da área de trabalho, é muito simples trazê-lo de volta: você na verdade o insere de volta. Observe a figura abaixo, antes de continuarmos.


Ferramenta do Painel do plasma

Veja na tela acima que o widget da área de trabalho foi removido (intencionalmente) e observe também que foi clicado no ícone da ferramenta do painel do plasma, que fica no canto superior direito da tela.

Selecione "Adicionar widgets..." e será exibido um quadro de diálogo, como mostrado na figura abaixo.


Adicionando widgets

Uma boa dica para achar algo que você estava usando e "sumiu" de repente, é selecionar a opção "Widgets usados anteriormente", como mostrado na figura. Caso ainda assim você não consiga encontrar o que procura, então selecione "Todos os widgets".

O Widget que mostra a pasta da área de trabalho (ou outra a sua escolha) é o "Exibição de pasta". Encontre-o, selecione-o, e clique no botão "Adicionar widget". Finalmente clique em "Fechar", para voltar-mos à tela do painel do plasma.

Veja agora na figura abaixo que alguma coisa não está como antes!


Widget "Exibição de pasta"

 Calma! Por default, este widget exibe o conteúdo da pasta do usuário, aquela que fica dentro de /home. Clique no botão de configuração, para consertar-mos isto! Veja na figura a seguir a opção ( * ) "Exibir a pasta da área de trabalho" sendo selecionada.


Configurando o que exibir

Depois de clicar em Ok, tudo voltará a como era antes. Veja agora na tela a seguir o widget redimensionado e numa nova posição.


widget redimensionado e reposicionado

Eu sinceramente não uso este widget nesta posição. Apenas o coloquei aí para mostrar que é possível! Para reposicionar um widget, basta clicar e arrastar pela barra de título.

Bloqueando os widgets no estado em que se encontram

Um dos itens do menu de ferramentas do painel do plasma é "Bloquear widgets". Depois que você estiver satisfeito com a forma e a posição de seus widgets, é uma boa idéia selecionar esta opção. Assim, nem aquela barra de botões irá aparecer ao se clicar num widget, nem será possível movê-los para outra posição.

Para encerrar este assunto de widgets, veja na figura abaixo um Desktop enfeitado!


Alguns widgets


THE END

Enquanto aguarda o próximo artigo, sugiro você ler o artigo sobre o LiveCD do openSUSE, principalmente a seção final do artigo, onde mostro algumas aplicaçoes do openSUSE.


Comentem, critiquem, fiquem à vontade!




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